A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulga, nesta quinta feira (13), o Boletim de Conjuntura da Bahia referente ao prim
A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulga, nesta quinta feira (13), o Boletim de Conjuntura da Bahia referente ao primeiro trimestre de 2024, trazendo uma análise detalhada sobre o desempenho da economia baiana e os cenários nacional e internacional do período. O boletim é uma carta de conjuntura trimestral que atende ao objetivo precípuo da Coordenação de Acompanhamento Conjuntural da SEI de acompanhar e analisar o comportamento dos principais indicadores setoriais, objetivando subsidiar o processo de tomada de decisão dos agentes econômicos, em especial o Sistema Estadual de Planejamento.
Nesta edição, a carta mostrou que os resultados positivos do comércio varejista, indústria geral, serviços e geração de emprego formal impactaram diretamente o PIB da Bahia, calculado pela SEI, em uma taxa maior que no quarto trimestre de 2023 (2,6%). No primeiro trimestre de 2024, o PIB da Bahia cresceu 2,9% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto em relação ao trimestre anterior (quarto trimestre de 2023) a taxa ficou em 0,9%. Setorialmente, na comparação trimestral, a Agropecuária caiu 4,7%, os Serviços subiram 3,3% e a Indústria cresceu 3,1%, puxada pela indústria de transformação (3,6%) e pela da Construção (2,1%), que juntas representam quase 80% da indústria baiana.
A perspectiva para o restante do ano é que os efeitos do primeiro trimestre podem se estabilizar. Embora a contribuição negativa da safra agrícola possa ser revertida nos próximos trimestres, os efeitos positivos das transferências de renda sobre a demanda, do reajuste do salário-mínimo e do Bolsa Família mais elevado vão depender do comportamento da inflação – que, com a tragédia climática do Rio Grande do Sul, é incerta. Além disso, a manutenção dos juros ainda em patamares contracionistas impede uma demanda mais sustentada por bens duráveis.
Pelo lado da oferta, a indústria de transformação deve continuar seu processo de recuperação após a queda em 2023. O setor de serviços, puxado pelo comércio varejista, embora com taxas mais modestas, deve continuar se expandindo.
Com isso, as previsões para o PIB da Bahia em 2024 estão no intervalo entre 2,0% e 2,5%, dependendo do comportamento da inflação e das taxas de juros, além do desempenho do cenário internacional, incerto pela indefinição das taxas de juros nos Estados Unidos e da dinâmica geopolítica. O trabalho é assinado pelos economistas Luiz Mário Vieira, Carla Janira do Nascimento, Elissandra Brito, Rosangela Conceição, Arthur Souza Cruz, Pedro Henrique Ferreira Matos, Eduardo Augusto Brito, Gabriel Barbosa, Marília Jane Campos, João Paulo Caetano Santos, Denis Veloso, Carol Vieira e Luiz Fernando Araújo Lobo.
Fonte: Ascom/SEI