A cada seis minutos, uma mulher sofre estupro no Brasil. O dado é parte das estatísticas levantadas pelo Anuário Brasileiro de Segurança, referentes a
A cada seis minutos, uma mulher sofre estupro no Brasil. O dado é parte das estatísticas levantadas pelo Anuário Brasileiro de Segurança, referentes a 2023, e divulgados em julho, mês anterior à campanha pela conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher: Agosto Lilás.
Em Salvador, o Serviço de Atendimento a Mulheres Expostas à Violência Sexual, o Serviço AME do Hospital da Mulher, acolhe parte destas mulheres e mulheres transexuais que passaram por violência sexual. Desde a inauguração do Serviço, já foram realizados 1.405 atendimentos.
Além da violência sexual, conforme pela Lei Maria da Penha (nº11.340), também são tipos de violência contra mulheres: violência física, psicológica, moral e patrimonial. “A violência sexual é entendida como qualquer ato ou contato sexual na qual a vítima é usada para a gratificação sexual de seu agressor sem seu consentimento, com ou sem uso de força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação e ameaça”, explica a coordenadora do Serviço AME, Jamile Martins.
No Serviço, o qual fica localizado no Largo de Roma, na Cidade Baixa, pacientes a partir de 13 anos passam por atendimento especializado e multidisciplinar com ginecologistas, psicólogas, assistentes sociais, enfermeiras e farmacêuticas. Exames laboratoriais, profilaxia para HIV e ISTs, contracepção de emergência e exames médicos fazem parte do atendimento.
Não é necessário boletim de ocorrência para ser atendida. “Funcionamos 24h, de portas abertas. As pacientes podem chegar ao AME através de órgão judicial e policial, Instituto Médico Legal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Delegacia Especial de Atenção à Mulher, Unidade de Pronto Atendimento e Central Estadual de Regulação da Bahia”, ressalta Jamile.
Agosto Lilás
Durante todo o mês de agosto, em função da campanha ‘Agosto Lilás’, o Hospital da Mulher reforçará o combate à violência contra a mulher com a disseminação de informativos, realização de rodas de conversa, ações in loco e com parceiros da Rede de Enfrentamento à Violência. “Sem dúvidas esta é uma oportunidade de reforçarmos o nosso dever diário, enquanto sociedade e enquanto Serviço, no combate a todos os tipos de violência à mulher. Seguiremos atuantes na promoção do cuidado à mulher, em especial no que diz respeito à violência sexual”, concluiu a direto ra geral do Hospital da Mulher, Avana Cavalcante.
Fonte: Ascom/Hospital da Mulher
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