MG: 135 cidades estão em situação de emergência por conta da seca

135 municípios de Minas Gerais se encontram em situação de emergência devido à seca que atinge partes do estado. Os dados pertencem à Defesa Civil de Minas Gerais.

Segundo o órgão, a maioria das cidades que atualmente sofrem com a escassez prolongada no abastecimento de água ficam localizadas na região norte mineira.

Grande parte dos municípios foram oficialmente considerados em situação de anormalidade em maio deste ano. Com vigência inicial de 180 dias, os decretos devem valer até novembro.

No mês passado, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, chegou a reconhecer a situação de emergência, em decorrência do período de seca, em 38 cidades mineiras.

Às cidades reconhecidas, ficou autorizado a solicitação de recurso ao Governo Federal para ações por parte das defesa civis municipais. Compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência e higiene pessoal, entre outros, são algumas das ações para as quais os recursos podem ser destinados.

Além de Minas Gerais, os períodos prolongados de estiagem também atingem outros estados pelo Brasil. Recentemente, a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) declarou situação crítica de escassez de recursos hídricos nos rios Madeira, que passa por Amazonas e Rondônia, e Purus, que passa por Amazonas e no Acre, além de seus afluentes, até 30 de novembro. A falta de chuva afetou os níveis dos rios da região, que se mantêm próximos aos valores mínimos históricos.

Outro episódio recente de seca foi registrado no Pantanal. Na ocasião, câmeras do Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) registaram imagens de dezenas de animais em busca de água em uma poça de lama na região norte do bioma, em Poconé, no Mato Grosso. Segundo dados do Mapbiomas, o Pantanal é considerado o bioma que mais secou nos últimos 40 anos.

*Sob supervisão de Carolina Figueiredo