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Estudiosos sabiam que a seca deste ano seria pior que a de 2023, diz especialista

Em entrevista à CNN, Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fog

Em entrevista à CNN, Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo, afirmou que a seca prevista para 2024 no Brasil promete ser mais intensa do que a enfrentada em 2023.

A especialista revelou que os estudiosos do meio ambiente já antecipavam esse cenário devido os efeitos do El Niño.

A pesquisadora enfatizou a importância de um planejamento estratégico para lidar com essa situação, destacando que a responsabilidade não recai apenas sobre o governo federal, mas sobre “todas as esferas” governamentais.

Ane Alencar chamou a atenção para o que denominou de “crise ambiental dupla”: a seca severa que tem propiciado condições para a ocorrência de grandes incêndios.

“Nós estamos vivendo uma crise ambiental dupla, a seca severa tem sido alimento para grandes focos de fogo”, explicou.

Preparação para o “novo normal”

A especialista alertou para a possibilidade de que esse cenário de secas intensas e incêndios possa se tornar recorrente.

“Isso pode vir a ser o novo normal. Precisamos estar preparados para isso”, advertiu Alencar.

Diante dessa perspectiva, ela reforçou a necessidade de uma articulação eficiente entre os diversos setores responsáveis.

“A gente precisa realmente ter um aparato de articulação e planejamento”, concluiu, ressaltando a urgência de medidas preventivas e de combate aos efeitos das mudanças climáticas no país.

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