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Exportações baianas têm queda de 16,8% em maio

Apesar do aumento de 31,3% nos preços médios dos produtos exportados em maio, em comparação com igual mês do ano passado, a queda do volume embarcado

Apesar do aumento de 31,3% nos preços médios dos produtos exportados em maio, em comparação com igual mês do ano passado, a queda do volume embarcado em 36,5%, pelo quarto mês consecutivo, foi fator determinante para que as exportações baianas acusassem uma retração de 16,8%, no comparativo interanual, somando US$ 772,9 milhões. No acumulado do ano até maio, as exportações estaduais registraram vendas de US$ 4,27 bilhões, em estabilidade frente ao mesmo período de 2023, com pequena redução de 0,1%. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

No recorte por agregado, a agropecuária teve redução de 20,4% em maio (US$ 277,8 milhões), puxada pela soja e derivados, condizente com a esperada redução da atual safra. Ainda assim, a soja continua liderando a exportação com um valor total de US$ 900,6 milhões de janeiro a maio, mas com perda de participação na pauta exportadora e redução de 6,8% nas receitas do ano no comparativo interanual. O grão respondeu por 21,1% das receitas de exportação total do estado no acumulado até maio contra 22,6% em igual período de 2023.

No lugar do grão, no acumulado do ano, avançaram outros itens tanto da agropecuária (como algodão que cresceu 306%, com 8,2% de participação no total) como da indústria de transformação ligado ao agro (papel e celulose acusa crescimento no ano de 21,4%, com 11% de fatia das exportações). Juntos, os dois setores responderam por 22,4% da pauta exportadora de janeiro a maio, um avanço em relação aos 13,8% de iguais meses de 2023.

A despeito do bom desempenho do setor de papel e celulose, que acusou crescimento de 96,1% nas vendas do mês, a indústria de transformação teve redução de 20,4% em maio (US$ 277,8 milhões), principalmente puxado pelo refino (-77%), enquanto que a indústria extrativa teve crescimento de 12,4%, com acréscimo de US$ 13,4 milhões no comparativo interanual.

As exportações baianas para China, principal destino das vendas estaduais, caíram 11,8% em maio. As vendas totais para a Ásia também recuaram 29,1%. Para União Europeia, cresceram 21% no mesmo período, assim como para América do Norte (4,7%). Os embarques para América do Sul recuaram 43,6%, puxados pela Argentina, que, em recessão aguda, teve queda nas compras de 52%.

Importações

As importações continuam registrando recuperação galopante. Em maio, pelo quarto mês consecutivo, acusou crescimento de 130,8% nos desembarques, o que se refletiu nos desembolsos que cresceram 115% – US$ 1,48 bilhão, a despeito da redução dos preços médios em 6,8% no comparativo interanual.

Desta vez, os combustíveis e bens intermediários, que juntos responderam por 96,8% do total das compras estaduais, foram responsáveis pelos maiores incrementos: 294% e 39,2%, respectivamente. Destaque para o grande aumento nas compras de gás (GNL) e óleos brutos de petróleo. Já o aumento das importações de bens intermediários é um indicativo de recuperação da atividade industrial, já captado no primeiro trimestre, quando o setor cresceu 3,3% em relação a igual período do ano anterior.

No acumulado do ano até maio, os desembarques cresceram 30,6% e os desembolsos atingiram US$ 4,7 bilhões, com aumento de 14% no comparativo interanual. Os setores que puxaram o crescimento do volume foram os de combustíveis, com aumento de 60,4%, fertilizantes (33,4%) e trigo (121,6%).

Fonte: Ascom/SEI

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