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Humanização no atendimento acelera recuperação de pacientes no Hospital 2 de Julho

José Augusto, de 53 anos, está internado há 35 dias no Hospital Estadual 2 de Julho, em Salvador, onde foi tratado de uma úlcera infectada e precisou,

José Augusto, de 53 anos, está internado há 35 dias no Hospital Estadual 2 de Julho, em Salvador, onde foi tratado de uma úlcera infectada e precisou, temporariamente, de diálise. Durante esse período, ele recebeu cuidados médicos que permitiram sua melhora significativa e, em breve, será encaminhado para a enfermaria. Além dos avanços clínicos, José também se beneficiou de um atendimento mais humanizado por meio da iniciativa Prontuário Afetivo, implementada pela equipe de psicologia da unidade.

A metodologia de atendimento vai além das informações clínicas tradicionais, destacando aspectos pessoais e afetivos dos pacientes internados. No prontuário de José Augusto, por exemplo, estão registrados detalhes como o apelido pelo qual prefere ser chamado, “Sanduba”; o time de futebol de sua preferência, o Bahia; e outras informações pessoais, como suas comidas favoritas e os nomes e fotos de seus familiares. O documento fica ao lado da cama do paciente, permitindo que a equipe multiprofissional utilize essas informações para estabelecer uma conexão mais pessoal e acolhedora durante o tratamento.

José Augusto, paciente, e Aline Silveira, psicóloga – Foto: Joá Souza/GOVBA

José Augusto, refletindo sobre sua experiência no hospital, expressou gratidão pela abordagem acolhedora que recebeu: “esse jeito de atender o paciente fez toda a diferença para mim. Nos momentos em que eu só queria chorar, eles me fizeram sorrir. Saber que a equipe não me via apenas como mais um número, mas como alguém com uma história, com gostos e medos, foi um alívio. Isso me ajudou a enfrentar os dias mais difíceis e a encontrar força para continuar. A humanização do atendimento me deu conforto e esperança quando eu mais precisava”.

Ana Carla Nunes, psicóloga – Foto: Joá Souza/GOVBA

Ana Carla Nunes, coordenadora de psicologia do Hospital Estadual 2 de Julho, ressalta a importância dessa abordagem. “O Prontuário Afetivo cria uma conexão mais próxima entre a equipe e o paciente, o que contribui para o engajamento no tratamento e proporciona uma sensação de acolhimento. Quando o paciente se sente acolhido, o processo de recuperação tende a ser mais rápido e eficaz”, explica. Além disso, essa personalização do atendimento também tranquiliza os familiares, que percebem o cuidado especial que o paciente está recebendo.

Zorilmar Santana – Foto: Joá Souza/GOVBA

Zorilmar Santana, diretora da unidade, destaca que o Prontuário Afetivo foi implantado há três meses e já beneficiou 11 pacientes nesse período, com resultados bastante positivos no relacionamento com os funcionários e médicos: “essa ação tem como objetivo humanizar o atendimento hospitalar, transformando o ambiente em um espaço mais acolhedor e menos impessoal. Os resultados têm sido bastante positivos, não apenas melhorando a experiência do paciente, mas, também, auxiliando diretamente na sua recuperação, tornando o tratamento mais eficaz e envolvente”.

Foto: Joá Souza/GOVBA

Estrutura

Com 259 leitos, sendo 100 de unidade de terapia intensiva (UTI) – 70 adulto e 30 pediátrico -, o Hospital Estadual 2 de Julho oferece atendimento a pacientes encaminhados pela Central Estadual de Regulação (CER). A iniciativa Prontuário Afetivo faz parte do esforço contínuo da unidade para proporcionar um atendimento mais humanizado e eficaz, demonstrando que o cuidado emocional também é fundamental no processo de cura.

Repórter: Tácio Santos/GOVBA

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