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Jovens que sonham em jogar em Pituaçu são destaque no lançamento da 3ª Copa Loreta Valadares

“Ainda não pisei no gramado do estádio (Pituaçu), mas estou feliz e muito animada em jogar aqui porque vai ser minha primeira vez jogando num estádio”

“Ainda não pisei no gramado do estádio (Pituaçu), mas estou feliz e muito animada em jogar aqui porque vai ser minha primeira vez jogando num estádio”, conta Angélica Thainá Carmo, de 13 anos, que mal consegue esperar o início da Copa Loreta Valadares. O apito que dá início à terceira edição do evento de futebol feminino está cada vez mais próximo após a cerimônia de abertura do torneio, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (2)7, na tribuna de honra do Estádio de Pituaçu. A disputa é organizada pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), com execução da Federação Baiana de Desportos de Participação (FBDP).

Nesta edição da competição, que tem início marcado para dia 20 de outubro, 30 equipes DE Salvador e Região Metropolitana irão participar, sendo 04 times sub-15 – categoria que participa pela primeira vez da disputa –, 08 equipes sub-17 e 18 equipes adultas, formadas por jogadoras experientes e com história no futebol feminino baiano.  A cerimônia de lançamento contou com membros de organizações de futebol, representantes de times femininos, atletas de diferentes idades presentes e imprensa que acompanharam o sorteio dos grupos. 

Foto: João Ubaldo/ Ascom Sudesb

Nova categoria

A chegada de uma nova categoria à edição foi explicada pela coordenadora do núcleo Mais Mulheres no Esporte, Juliana Camões. Segundo explicou, a decisão de adicionar uma nova categoria ao torneio busca fomentar a modalidade para meninas mais jovens. “Nosso objetivo é trazer para as meninas, as crianças e adolescentes, que se encaixem nessa categoria, a possibilidade também de jogar e participar de campeonatos em espaços que elas sempre sonharam. Esperamos que com esse incentivo elas se sintam incentivadas à prática esportiva e sigam evoluindo para as próximas categorias”. 

A treinadora do clube Remo, Rosane de Oliveira, reforça o sentimento de animação que é compartilhado pelas meninas do sub-15. “Estamos muito felizes com a competição porque muitas das nossas meninas nunca tiveram oportunidade de jogar num estádio, e a Copa Loreta vai dar essa honra a elas”. Ela também ressalta que as partidas são uma oportunidade para as atletas se destacarem e serem vistas por outros clubes. Além do Estádio de Pituaçu, o CT Barradão e o Estádio Municipal de Lauro de Freitas vão receber os jogos do torneio sempre aos finais de semana.

Foto: João Ubaldo/ Ascom Sudesb

Experiência

Para o time do Vitória, que foi campeão da última edição Copa da Loreta Valadares na categoria sub17, o campeonato não é só o desafio de manter o título, como também uma oportunidade de se preparar para competições nacionais. “Essa disputa ajuda de forma imensurável porque, além da competitividade, gera uma experiência para as atletas. Essa experiência faz com que a atleta veja a competição como algo normal, no sentido de entender que não precisa ficar ansiosa. Essa falta de experiência muitas vezes é algo que nos prejudica em competições nacionais, então isso aqui é superinteressante”, conta o treinador do clube, Anderson Magalhães. 

Outra expectativa do técnico é a descoberta de novos talentos do futebol feminino baiano ao longo da competição. Mas, para além do lado esportivo, a copa possui também uma atenção ao caráter social e educativo do esporte e, neste ano, pela primeira vez, o evento vai contar com uma comissão disciplinar composta por três advogadas. 

Foto: João Ubaldo/ Ascom Sudesb

O diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, fala sobre a importância da realização da Copa Loreta Valadares para a Bahia. “É uma competição que coloca o futebol feminino no centro das atenções e é fundamental o poder público apoiar o esporte feminino. É uma copa  já famosa aqui na Bahia e na região nordeste pelo tamanho e pela qualidade técnica que alcançou. Esse incentivo à participação das mulheres no esporte para nós é muito importante”. 

Para a coordenadora técnica da competição, Aline Lima – a comissão tem presença de outras ex-atletas do futebol feminino – o torneio demonstra o compromisso com o futebol feminino e com a renovação da geração de atletas.

“A competição foi pensada pelas pioneiras do futebol feminino aqui na Bahia. Esse processo de renovação, incorporando categoria sub-15, é importante e serve de incentivo para que as nossas meninas possam estar em competição, possam ter a oportunidade de vivenciar esse espaço como um futebol profissional”, contou.

Fonte: Ascom/Sudesb

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