Primeira unidade hospitalar da região a pleitear o Selo Estadual de Humanização, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus, r
Primeira unidade hospitalar da região a pleitear o Selo Estadual de Humanização, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus, recebeu, esta semana, a visita do comitê técnico de avaliação da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), que veio verificar processos e itens já implementados pelos colaboradores da instituição. O Selo Estadual de Humanização é um espaço coletivo, participativo e democrático que se propõe a empreender uma política institucional de resgate da humanização na assistência à saúde na área hospitalar, que envolve usuários, profissionais, trabalhadores da saúde, gestores e comunidade acadêmica.
Criada pelo Ministério da Saúde em 2003, a Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS (PNH), popularmente conhecida como HumanizaSUS, constitui-se como uma política pública no setor da saúde com princípios, diretrizes e dispositivos que se dialogam e complementam na missão de inovar práticas e processos de saúde nas instituições que integram o Serviço Único de Saúde (SUS). O Estado da Bahia é pioneiro no País na criação do Selo Estadual de Humanização.
Processo Voluntário
De acordo com a coordenadora de Humanização do Trabalho na Saúde (Dgtes/Superh), Dirlaine Aguiar, esta visita de três dias feita à unidade de Ilhéus não tem a missão fiscalizatória, mas atende a um processo voluntário do hospital: “estamos aqui para construir, ajudar na formatação e avançar na conquista deste objetivo. E parabenizamos o Materno-Infantil pela vanguarda deste pedido pelo selo”.
“Estamos debruçados sobre um SUS mais humanizado, que implica em uma política verdadeiramente inclusiva e coparticipativa”, afirma a diretora-geral do HMIJS, Domilene Borges.
A direção do hospital já publicou portaria criando a Comissão de Humanização do HMIJS com participação das equipes técnica e administrativa. São atribuições dela disseminar a cultura de humanização; melhorar a qualidade da assistência dispensadas aos usuários; fortalecer e articular as iniciativas já existentes de humanização; estimular a participação, a autonomia e a responsabilidade dos profissionais e trabalhadores da saúde; possibilitar o engajamento de todos no direcionamento de ações voltadas para a humanização; zelar pelos princípios do SUS e da Política Nacional de Humanização, dentre outras.
Protocolos e fluxos definidos
Coordenadora local da iniciativa, a enfermeira Ayalla Rodrigues afirma que a conquista do selo ocorrerá mediante a presença de todos os protocolos operacionais, padrões e fluxos definidos e funcionantes na unidade. “O processo de humanização é algo complexo que vai muito além do tratar bem e empatia”, afirma, exemplificando que envolve desde a ambiência favorável para o colaborador, acompanhante e usuário; uma clínica ampliada com aparato tecnológico disponível e pessoas com domínio técnico-científico; colaboradores sadios; gestão e cogestão coparticipativas; e uma política de saúde que garanta a defesa de direito dos usuários e usuárias e a valorização do trabalhador.
Gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS), o Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia.
O investimento do estado foi de, aproximadamente, 40 milhões de reais, entre obras e equipamentos. A unidade já realizou mais de 8.100 partos, sendo 300 de mulheres indígenas. O HMIJS é o único hospital da Bahia referência para atendimento especializado aos Povos Originários.
Fonte: Ascom/HMIJS
COMMENTS