Neste ano, o Pacífico Equatorial atingiu pela primeira vez uma mudança de temperatura da superfície do mar em patamar de La Niña, fenômeno oposto ao
Neste ano, o Pacífico Equatorial atingiu pela primeira vez uma mudança de temperatura da superfície do mar em patamar de La Niña, fenômeno oposto ao El Niño pelo efeito inverso e de resfriar as águas do oceano.
Os dados da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), reproduzidos pelo MetSul, mostram que a superfície do mar no Pacífico Equatorial Central-Leste atingiu -0,5ºC — temperatura mínima para o fenômeno.
Desde julho, a região principal apresentou seis semanas com registros de valores negativos de anomalia de temperatura da superfície do mar, mas essa foi a primeira vez que uma semana teve valores de La Ninã, de acordo com o MetSul.
As probabilidades para a primavera são de 71% de La Niña, 29% de neutralidade e 0% de El Niño. A agência prevê que o La Niña se instale oficialmente entre outubro e novembro deste ano.
La Ninã deve trazer chuvas ao Norte
Quando não há presença de fenômenos atípicos, a primavera no país é marcada pelo aumento gradual das chuvas e do calor em todas as regiões, com exceção do Nordeste, onde o tempo fica seco e as temperaturas muito altas.
Já o La Niña costuma inverter essa lógica e leva muita chuva no Norte e no Nordeste, enquanto a região Sul fica mais quente e seca.
A última vez em que o fenômeno aconteceu, entre julho de 2020 e fevereiro de 2023, municípios no sul do estado da Bahia tiveram enchentes de grandes proporções. O oposto aconteceu nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que viveram uma seca severa que esvaziou os reservatórios de água.
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