O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, criticou a gestão da Enel durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes n
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, criticou a gestão da Enel durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta terça-feira (15). Nardes afirmou que “quando não se tem governança, se perde a credibilidade”.
A fala faz referência aos repetidos problemas enfrentados pela cidade de São Paulo e os municípios da região metropolitana na relação com a Enel. Pouco antes, o governador Tarcísio de Freitas e mais 16 prefeitos solicitaram o fim do contrato ou a intervenção na empresa responsável pela geração de energia elétrica no estado de São Paulo.
Logo após a fala do ministro, o prefeito de São Paulo dirigiu sua fala diretamente a ele.
“Que o senhor possa levar essa dor do povo de São Paulo. A gente confia muito no senhor, nos ajude”, disse Nunes, que ainda chamou os responsáveis pela Enel de “vagabundos”.
Nardes, por sua vez, disse que vai analisar todos os documentos encaminhados ao TCU e que vai ouvir outros envolvidos, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O TCU deve aguardar um parecer da Aneel e um posicionamento do Governo Federal, o que – caso não aconteça – pode dar poderes maiores ao órgão.
O governador Tarcísio de Freitas reforçou que os problemas com a Enel vão muito além da falta de energia que ainda persiste em pelo menos 158 mil unidades consumidoras desde a última sexta-feira (11), quando São Paulo registrou um temporal com ventos de mais de 107 km/h.
“O nível de despreparo da empresa foi tamanho que o próprio estado teve que ceder geradores para a Sabesp, a fim de evitar mais interrupções no serviço hídrico. Nós tivemos que emprestar geradores e diesel a hospitais, para evitar a interrupção de serviços e preservar vidas” disse o governador de São Paulo.
Veja nota da Enel enviada à CNN:
A Enel reitera seu compromisso com a sociedade em todas as áreas em que atua e reforça que está fazendo os investimentos necessários para aumentar a qualidade dos serviços, em linha com as expectativas das autoridades e dos consumidores brasileiros. Para o período 2024-2026, a Enel vai investir no Brasil US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões, considerado o câmbio atual). Deste total, aproximadamente 80% serão investidos em distribuição de energia.
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